quarta-feira, 4 de julho de 2012



Sentir

As palavras hesitam
no abraço das madrugadas do poema.

Deslizam nas linhas nascentes,
fugazes e tímidas,
como uma jovem que se desnuda pela primeira vez
perante o seu desejo.

Palpitante,
o papel aconchega o seu espaço,
para nele acolher o derrame virginal do sentir dos poetas.


Do vazio,
surge sentido,
na recolha dos sentidos,
em silhuetas esboçadas na procura de significados.

O poema é sentir.
Sinto.

João Carlos Esteves

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